Gostos quando diretores conseguem dar levezas a temas sérios. Esse é um caso. O filme torna-se divertido pelo carisma dos dois personagens principais em uma época em que a segregação racial era assustadora.
O grande diferencial dessa história às demais está em Doc Shirley, músico negro, extremamente culto e sensível que sofria preconceitos dos dois lados, dos negros pelas suas vestimentas e hábitos e dos brancos que o exaltavam enquanto músico e servia como entretenimento, porém ao mesmo tempo era proibido de jantar no mesmo ambiente.
O filme peca um pouco na previsibilidade (principalmente em seu final) e por ter um certo clichê que faz com que reconhecemos semelhanças em diversos outros filmes.
Há na minha visão apenas duas cenas marcantes em todo longa: o carro quebrando em frente a um campo onde negros que faziam trabalhos braçais observavam com estranheza um motorista branco servindo um negro em trajes finos; e a discussão entre o motorista (Lip) e Doc, no qual Lip afirma ser mais "negro" que ele gerando a reação de Doc com uma resposta que ainda serve hoje em dia.
É um filme que vale a pena assistir, apesar discordar do hype de filme do ano que ganhou ao ser premiado no Globo de Ouro.
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