Há algum tempo, vi "A cor púrpura", um divisor de opiniões e de sensações, a sensação é extrema, ou uma critica rigorosa, ou uma defesa acalorada, pois bem, aqui está munha visão sobre um dos melhores filmes de drama do cinema.
Não falo da produção em si(que já é um espetaculo), falo do conjunto, ou seja, das atuações, da fotografia, do roteiro, da adaptação do livro que é contado em forma de epistolas, levando em conta que todos os acontecimentos são vistos do ponto de vista da Celie (protagonizada por Woopi Goldberg) conversando com deus, e ser passada para o mundo do cinema.Foi uma difícil missão dirigida pelo gênio Steven Spielberg, porém ele á cumpriu com perfeição, se ateve aos detalhes supervisionou juntamente com a autora do livro Alice Walker não só as gravações, acompanhou sobretudo o roteiro, pois o grande desafio foi não pereder a essencia da historia.
O filme tem uma historia complexa e densa, envolve entre outras coisas a questão do negro nos Estados Unidos da America, da mulher, do incesto, entretanto o que mais me chamou atenção foi a questão da insignificancia do ser humano, sofrida pela protagonista. Ela era muito mais que maltratada e abusada sexualmente, Celie era invisivel diante da sociedade e invisível diante de si, ela não tinha amigos e muito menos família no sentido literal e filosofico da palavra, é uma questão muito maior do que reconhecimento é uma questão de ser visto, de aprender e poder se mostrar.
Com o passar do tempo Celie é tratada com o devido respeito, aprendendo aos poucos á se respeitar e se reconhecer. Celie era cumprimentada como um ente da família somente pela mulher do seu genro Sophia(Oprah Winfrey), essa personagem é de uma personalidade absurdamente marcante, é o retrato da mulher valente e corajosa, não admite injustiças e não deixa nada por menos, entretanto a história de Sophia sofre uma reviravolta, onde ela apanha de um homem branco por ter respondido mal sua mulher, Sophia no calor dos acontecimentos revida o tapa e é covardemente presa. Passam se vários anos e Sophia na cadeia sofrendo torturas e se movimentando muito pouco, após tantos anos a mudança não é só na aparência é também na sua personalidade.Emfim Oprah Winfrey se revelou uma ótima atriz, foi indicada ao Oscar como melhor atriz coadjuvante juntamente com Margareth Avery.
Após algum tempo surge uma nova personagem que muda de vez o rumo da história, é Shurg Avery (vivenciada por Margareth Avery) na minha opnião foi a melhor atuação do filme, Margareth Avery roubou a cena e como Oprah Winfrey e Woopi Goldberg, ela fez ri e chorar.Só de pensar que ela não estava cotada para fazer parte do elenco do filme, ela na verdade substitiu a Tina Turner que recusou o convite de steven Spielberg por não querer vivenciar sentimentos do passado que seriam vividos por Shurg. Margareth Avery e o produtor musical Quincy Jones(produtor musical de "a cor púrpura) pela música que não sai da minha cabeça. "Miss Celie's blues"ou "Sister".
Como disse, "A cor púrpura" é contagiante e emblemático, talvez por não ganhar nenhuma das onze indicações ao Oscar, talvez por ser leve e denso, superficial e cruel. É preciso sensibilidade para captar a mensagem de uma obra como essa.
Comentários (0)
Faça login para comentar.
Responder Comentário