É, nosso herói endiabrado está de volta e em meio a ótimas adaptações dos quadrinhos, como Batman e Iron Man, Hellboy faz bonito e fica praticamente no mesmo nível deles. Um dos motivos que é que o diretor Guillermo del Toro nunca perde as chances de humanizar o vermelhão, principalmente quando o assunto é Liz, o seu grande amor.
Geralmente os enredos de filmes desse tipo são apenas desculpas para apresentar um vilão e um potencial confronto dele com o herói. Hellboy 2 não foge disso, mas ele se destaca por adicionar subtramas interessantes que se relacionam e enriquecem tal enredo. Nem sempre essas subtramas são originais, como a já batida situação na qual temos um herói visto como um problema para a sociedade e não como a solução. Mas, podemos nos encantar com Abe e Hellboy afogando as máguas em latinhas de Tecate ao som de músicas melosas. É extremamente divertido ver dois heróis fazendo coisas de humanos.
Claro que a ação é importante e Guillermo del Toro mostra competência ao criar cenas empolgantes. Às vezes vemos em alguns filmes um monte de bombas explodindo, pessoas correndo, perseguições e tudo parece uma zona, o que acaba ficando chato. Isso não acontece aqui. Não há exageros, e sim muita qualidade. Hellboy 2 passa rápido e as cenas de ação colaboram para isso.
O filme até apresenta uma questão legal, porém um tanto batida: Se sabemos que uma pessoa irá cometer um grande crime, devemos elimina-la antes de comete-lo? Apesar de não ser original, a forma como ela é apresenta é bem legal e um tanto sombria.
Ah, sim... também vai um grande destaque para um novo "herói". Um semi-robo com um sotaque alemão bem engraçado. Ele é uma das melhores coisas do filme, principalmente pelos diálogos e o seu ar de superioridade.
Será que vem mais um Hellboy por aí? Creio que ainda há fôlego.
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