"Contos de Nova York" parece ter tudo para ser imperdível, afinal, envolve três dos melhores diretores norte-americanos atualmente em atividade. Entretanto, mostrou-se ter um caráter muito mais comercial do que artístico, vide a grande expectativa criada quando se reuniu Martin Scorsese, Woody Allen e Francis Ford Coppola num mesmo projeto e que, mesmo assim, conseguiu não ser correspondida. Isso acabou gerando uma relativa decepção ao espectador.
O primeiro episódio na ordem do filme é o de Scorsese, que salva sua história graças ao trato, à sua linguagem visual, sempre eficiente. O roteiro em si é um tanto água com açúcar, mas não é de todo mal.
Já Coppola e sua filha (que colaborou no roteiro) foram totalmente infelizes, criando uma historinha sofrível, totalmente dispensável e desinteressante.
Parece então que, de propósito, o melhor foi deixado para o fim. Possivelmente com o intuito de ao menos deixar alguma sensação no espectador de que esse filme valeu a pena de fato. A parte que cabe a Allen é o grande ponto forte da fita. Por ser quase como um curta ou um sketch estendido, o diretor escreveu um texto mais descompromissado e acabou por criar uma história non-sense divertidíssima.
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