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Paisagens Naturais no Cinema

Com tanta beleza no mundo, o cinema sempre teve um prato cheio para ambientar belas histórias. Alguns filmes se baseiam muito nisso, em mostrar belas imagens, belas composições com a arte, algo que se torna bastante agradável de se ver. Imagine um Senhor dos Anéis  sem explorar tanto as paisagens naturais. Claro que muito foi gasto para a construção de cenários gigantes de verdade, mas dá gosto de ver aquela imensidão toda na tela. Ao invés de um condado de verdade, com casinhas construídas, já imaginou como seria broxante ver aquilo tudo construído em CG?

Filmes como O Sol da Toscana, História Real e até alguns de roteiro fraco, como Cold Mountain expressam muito bem o que eu quero dizer. Quando uma bela montanha, verdinha, com um belíssimo céu azul limpo em cima aparece na tela, ou então um belo rio, um vilarejo, ou até mesmo um desfiladeiro, quando bem fotografado, cria um clima impressionante para a história. Imaginou um faroeste sem aquelas belas imagens, mesmo que estas sejam pedreiras? Tudo isso pode ser reforçado ainda mais através do som. Natural ou uma bela música de fundo, tudo fica mais gostoso e terno de se ver.

O que eu quero dizer com essa coluna, portanto, é da importância na escolha de uma boa locação para o seu filme. Geralmente isso pede dinheiro para viagens, pesquisa, fotografia, mais viagens, direitos de imagens dos locais, enfim, mas o local escolhido, sem dúvida nenhuma, influi diretamente no resultado final da obra como um todo. Enfim, deve-se dar o devido cuidado para que o seu filme não vá por água a baixo por uma opção aparentemente mais confortável para a produção.

É uma pena que as vezes as CGi (imagens geradas por computador) tomem o lugar dessas belas locações naturais. O exemplo mais grosseiro disso (o triste é que as escolha dos diretores pode ter sido metafórica ao que o filme apresenta) é mesmo em Matrix Revolutions. Quando Neo e Trinity finalmente conseguem ver o céu de verdade, no mundo real, algo que nunca haviam visto antes, ao invés de usarem um pôr-do-Sol de verdade, fizeram a triste opção de colocar um céu todo em CGi. No final do filme, quando há um pôr-do-Sol digitalizado, tudo bem, já que ali sim a metáfora é totalmente aceitável (afinal, eles estavam dentro da Matrix), mas a bela oportunidade de usar uma bonita imagem do mundo real foi jogada no lixo pelos irmãos diretores.

Puxando esse assunto, fica a pergunta no ar: com produções cada vez mais caras, por que se preocupar em achar o lugar certo se você pode recriá-lo com facilidade em um computador de última geração? Sinceramente, o melhor desses cenários naturais os computadores não conseguem recriar: o espírito que esses lugares têm.

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