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Mês do cinema oriental - Versátil

O mês de maio na Versátil conta com lançamentos exclusivos do cinema nipônico, todos em alta resolução e acompanhados de extras, como o de costume. Sendo a filmografia clássica japonesa uma das mais ricas e completas do cinema mundial, é bom saber de antemão que todos os títulos e diretores selecionados foram grandes acertos. Kinji Fukasaku, Seijun Suzuki e Kenji Mizoguchi ganharam coleções próprias, que vamos ver abaixo com mais detalhes. 


Vamos começar com a coleção Cinema Yakuza - Vol. 2, um lindo digistack com três DVDs que reúnem a saga épica do mestre Kinji Fukasaku, conhecida como Os Documentos da Yakuza, muito influente nos cinemas de Quentin Tarantino, William Friedkin e Takashi Miike. Narrando uma história que nasce no fim da Segunda Guerra Mundial, com o Japão decadente em sentido econômico, social, militar, político e moral, a saga percorrerá também os anos 1950, 1960 até se encerrar nos anos 1970, acompanhando a reerguida do país, conquistada a duras penas. Dessa forma, traça uma análise brutal e violenta sobre o submundo do crime japonês nesse grande mosaico também conhecido como O Poderoso Chefão do Japão. O box da Versátil conta com os cards que reproduzem a arte original dos pôsteres dos cinco filmes, além de entrevistas, especiais sobre a história da Yazuza e sobre a arte de Fukasaku, trailers e por fim depoimentos de Friedkin e Miike. 


O segundo digistack traz um novo membro para a família da coleção A Arte de..., o grande Seijun Suzuki. Tóquio Violenta (1966), História de uma Prostituta (1965), A Vida de um Tatuado (1965) e Portal da Carne (1964) são quatro grandes filmes que compõem A Arte de Seijun Suzuki, uma seleção de primeira que revisita os títulos mais marcantes da obra do grande esteta, inventor e iconoclasta cineasta, lembrando que sua maior obra-prima, A Marca do Assassino (1967), já foi lançada pela Versátil na coleção Cinema Yakuza - Vol. 1. Muito complementar ao box acima, essa pérola ainda conta com mais de uma hora de extras com especiais, trailers e depoimentos.


Saindo um pouco do mundo do crime, vamos retornar ao maior nome de todo o cinema japonês (Ozu, Kurosawa, Kobayashi, Teshigahara e Ichikawa que me perdoem), o mestre Kenji Mizoguchi. Depois de muito cobrada e solicitada pelos fãs da Versátil, a coleção O Cinema de Mizoguchi - Vol. 2, finalmente chegou, composta por nada menos que seis obras-primas do gênio. Em meio a títulos essenciais como Elegia de Osaka (1936), Os Músicos de Gion (1953), Rua da Vergonha (1956) e A Mulher Infame (1954), quem garante o brilho-mor da caixa é O Intendente Sansho (1954) e Crisântemos Tardios (1939), duas obras-primas absolutas e essenciais na vida de qualquer amante do cinema, sendo o primeiro talvez o melhor título lançado pela Versátil em 2016 até o momento. Interessante é notar que, por mais que Mizoguchi faça parte de uma geração de cinema anterior à de Suzuki e Fukasaku, seus filmes sempre discorreram sobre o mundo dos marginalizados, pobres e esquecidos, e por esse ângulo podemos encontrar uma base de ligação muito forte entre os três. Vale lembrar que a obra-prima máxima de Mizoguchi, Contos da Lua Vaga (1953), se encontra no Volume 1 da coleção do diretor. Não esqueça de conferir os extras, com depoimentos do crítico Sérgio Alpendre. 


Voltando ao ocidente, é válido lembrar que chegou mês passado às lojas a primeira coleção em Blu-ray da Versátil, Kubrick Essencial, um item exclusivo da Livraria Cultura que reúne os quatro primeiros filmes do diretor, antes do boom que o colocou no patamar dos cineastas mais aclamados de todos os tempos. Além da excelente qualidade da imagem e som, fora a enxurrada de extras e cards, essa é uma oportunidade rara e muito rica de analisar o processo da formação de um gênio. Não deixem de conferir e até o próximo mês!

Comentários (6)

Citizen Kadu | quinta-feira, 26 de Maio de 2016 - 13:18

Fukasaku criou uma saga de 5 filmes...em 2 anos.

Rodrigo Giulianno | segunda-feira, 30 de Maio de 2016 - 10:36

O primeiro yakuza tem A Flor Seca...obra-prima obrigatória pra qualquer cinéfilo....

Josiel Oliveira | segunda-feira, 30 de Maio de 2016 - 12:53

A Flor Seca tô pra ver faz tempo! Deve ser foda mesmo

Rodrigo Giulianno | segunda-feira, 30 de Maio de 2016 - 16:54

fLOR SECA? Foda é pouco...obrade arte...

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