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Entrevista 05 - Marcos Paulo

 

Esta é uma matéria produzida em parceria entre o Cineplayers e a Downtown Filmes, com o intuito de divulgar, redescobrir e reapaixonar o público brasileiro pelos nomes importantes da nossa história cinematográfica.

Foto de Jaime Bórquez

Nome conhecido e muito respeitado na TV, Marcos Paulo tem uma carreira extensa tanto como ator quanto como diretor. Estreou nas telinhas com apenas 15 anos, levado para trabalhar pelo pai de criação Vicente Sesso, depois de dez anos de experiências no teatro. Atuou em papéis diferenciados ainda na década de 70, de mocinhos românticos, protagonista de novelas, a vilões inescrupulosos e inesquecíveis. Em 1978, após um ano de estudos de direção em Nova York, estreou como diretor com a novela Dancin’ Days. A partir de então, emplacou um sucesso atrás do outro, fosse atuando (Corpo a Corpo, Tieta, O Salvador da Pátria, Quatro por Quatro), ou por trás das câmeras (Roque Santeiro, Fera Ferida, Meu Bem Querer, O Beijo do Vampiro).

No cinema, também possui uma longa filmografia como ator (Diário de um Novo Mundo, Se Eu Fosse Você 2), mas foi somente em 2010 que resolveu dar o próximo passo e escolher seu primeiro projeto como diretor. Filmou Assalto ao Banco Central, ficção baseada no maior furto real acontecido no país (e o segundo do mundo), no Banco Central do Brasil, em agosto de 2005, Fortaleza, Ceará. O filme estreou dia 22 de Julho deste ano e se tornou o mais recente sucesso de bilheteria do cinema nacional, confirmando que as produções brasileiras têm força suficiente para disputar o circuito, e gosto popular, no concorrido período de férias, junto aos grandes títulos do verão hollywoodiano.

 

1. Com uma extensa carreira na TV, tanto como ator e diretor, quais momentos considera mais marcantes?

Marcos Paulo: Como ator tem vários, mas vou citar apenas alguns: Pigmalião 70, Carinhoso, Meu primeiro amor, A E I O Urca, O Primo Basílio... Enfim, são apenas alguns. Como diretor: a série Plantão de Polícia, Roque Santeiro, A Indomada, Força de um Desejo, Desejo Proibido... E por aí vai.

2. O cinema e a TV estão em constante processo de troca. Novelas viram filmes, filmes viram séries, e assim por diante. Gostaria de ver alguma novela transitando para o cinema? Alguma que gostaria de assumir a direção ou protagonizar?

M.P.: Realmente, existe hoje uma troca muito saudável entre a TV e o Cinema. Apesar de serem veículos completamente diferentes, em alguns momentos eles acabam, às vezes, se completando. Já no caso de uma novela, a situação fica mais difícil. Uma novela é feita de muitos capítulos, muitos personagens e, em minha opinião, seria muito complicado, ou até impossível, contar a mesma história com a mesma força e o mesmo impacto.

3. Filmes sobre assaltos são muito comuns no cinema americano, mas não tanto no brasileiro. Algum filme ou diretor serviu de referência ou te inspirou de alguma forma?

M.P.: Claro que eu fui influenciado por muitos filmes de assalto que vi, mas particularmente nenhum deles me serviu de referência ou inspiração para o “Assalto...”. Por uma razão muito simples, nos filmes americanos atuais os assaltos são planejados e executados com muita tecnologia, computadores, etc. O nosso filme fala de um assalto brasileiro, desenhado no papel, feito a mão, com uma tecnologia primária e com situações que por vezes esbarram na comédia. Mesmo que o assalto real tenha sido executado com precisão cirúrgica, o nosso foi inspirado em fatos reais e, portanto, é uma ficção, mesmo que tenhamos tentado chegar o mais perto da realidade.

4. Para o filme “Assalto ao Banco Central”, optou-se por ter um preparador de elenco (Fátima Toledo). Como você vê a profissão do preparador de elenco? Como foi acompanhar esse processo, e de que maneira acredita ter influenciado o resultado final do longa?

M.P.: No meu caso, que sou um diretor com uma cabeça muito ligada na produção, coisa que a televisão me ensinou e muito, a realização foi decidida muito em cima da hora. A pré-produção, fase fundamental para o bom andamento das filmagens, me tomou muito tempo. Nesse caso, a ajuda de uma preparadora de elenco foi da maior importância na hora dos ensaios. Principalmente na relação entre os bandidos, onde tinha que haver uma afinação muito grande, como se fosse um só corpo atuando naquele espaço (túnel), e essa relação fica muito clara quando se olha a interpretação do grupo.

 

Por Marcos Paulo

 

5. Carandiru (2003), de Hector Babenco

O dia-a-dia de um médico que atende aos presos da penitenciária do Carandiru. Ele convive com a verdadeira faceta por trás das grades, até o famoso massacre realizado por policiais.

Saiba mais sobre Carandiru.

 

4. Meu Nome Não é Johnny (2008), de Mauro Lima

Ele tinha tudo, menos limite. João Guilherme Estrella era um típico jovem da classe média, que viveu intensamente sua juventude. Inteligente e simpático, era adorado pelos pais e popular entre os amigos. Seu espírito aventureiro e boêmio o levou a viver todas as loucuras permitidas. E também as não permitidas. No início dos anos 90, se tornou o rei do tráfico de drogas da zona sul do Rio de Janeiro. Investigado pela polícia, foi preso e seu nome chegou às capas dos jornais. Em vez de festas, passou a freqüentar o banco dos réus. Sua história revela sonhos e dramas comuns a toda juventude.

Saiba mais sobre Meu Nome Não é Johnny.

 

3. 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo & Luciano (2005), de Breno Silveira

A história conta a trajetória dos populares cantores sertanejos Zezé Di Camargo e Luciano a partir do sonho de um pai, Francisco Camargo. Trabalhador rural e apaixonado por música, ele passava todo o seu tempo livre escutando um rádio de pilha e planejando transformar os filhos em uma dupla caipira de sucesso como aquelas que tanto gostava.

Saiba mais sobre 2 Filhos de Francisco - A História de Zezé di Camargo & Luciano.

 

2. Chico Xavier (2010), de Daniel Filho

A trajetória do médium Chico Xavier, que viveu 92 anos desta vida terrena desenvolvendo importante atividade mediúnica e filantrópica. Vida conturbada, com lutas e amor. Seus mais de 400 livros psicografados consolaram os vivos, pregaram a paz e estimularam caridade. Fenômeno? Fraude? Os espíritos existem? Para os admiradores mais fervorosos, foi um santo. Para os descrentes, no mínimo, um personagem intrigante.

Saiba mais sobre Chico Xavier.

 

1. Assalto ao Trem Pagador (1962), de Roberto Farias

Tião Medonho, um dos criminosos mais perigosos do Rio de Janeiro, lidera uma gangue que organiza e realiza assaltos ao trem de pagamentos do Banco do Brasil. Eles decidem só gastar dez por cento do produto roubado para não criar suspeitas, mas nem tudo corre tão bem quanto o planejado.

Saiba mais sobre Assalto ao Trem Pagador.

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Leia também nossas colunas anteriores:

Edição nº1 - Mariza Leão

Edição nº2 - Bigode

Edição nº3 - Especial Cilada.com

Edição nº4 - Rosane Svartman

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