Ao contar a sua versão para a história de Robin Hood, o diretor Ridley Scott acertou em cheio no que se propôs: fazer um filme de entretenimento, cheio de cenas grandiosas de batalha, com um herói marcante e um visual impressionante. Estruturalmente, o filme é quase uma continuação de Gladiador, com alguns séculos de distância. Não é ruim, mas também não é de todo bom. A ambientação é perfeita, as locações são maravilhosas, as cenas de luta são incríveis e aos olhos, tem-se um espetáculo como Scott sabe fazer. Enquanto roteiro, o filme até parece um prequel. Queria Scott fazer uma trilogia, talvez? Não se sabe. Contou a sua versão para a origem da lenda de Robin Hood, inclusive voltando com o tema das Cruzadas (que ele abordara em 2005 com Cruzada). Não ficou ruim, mas denota-se a impressão de que Scott teria algo mais para dizer. Enfim, Robin Hood é mais um filmaço de ação, mas é bem fraco de conteúdo.