Em determinados momentos, costumamos dizer que foi como se a vida passasse como filme diante de nossos olhos. Pois não é a vida um próprio filme? Uma trama de reviravoltas, de superações, de dramas, de romances e tantas coisas que a gente vê nas telas.
Boyhood faz esse caminho, mostrando de forma primorosa a passagem do tempo - o filme foi realizado ao longo de 12 anos, acompanhando o envelhecimento de seus atores e personagens. É uma jornada incrível sobre a vida - e especialmente sobre a juventude.
Não há um "clímax". São momentos comuns à própria vida: as desventuras em um relacionamento; as descobertas juvenis; a mudança de cidade; as dificuldades financeiras. São momentos às vezes triviais, talvez até mesmo banais. Claro, tudo sob a cultura e modo de vida do sul americano - mas mesmo assim é impossível não se identificar com tantos momentos, incertezas e questionamentos que são comuns a todos nós.
E tudo isso perpassa 2h45min que correm de maneira incrivelmente fluída. Ajudam, para isso, as belas interpretações de todo os protagonistas, especialmente Ellar Coltrane (Mason Jr.) e Patricia Arquette, e a direção de Richard Linklater.
Boyhood: uma obra-prima sobre a vida e a juventude, com o que ela tem de bom e de ruim, em uma colagem de momentos.
(detalhe para a trilha sonora magnífica que tem Arcade Fire, Foster The People, Wilco, Vampire Weekend, entre outros. E tem potterheads também!)
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