Inspirado em uma observação vaga e melancólica porém fortemente comprometida com o sofrimento. Sofrimento esse, não inteiramente representado pela perda da liberdade do protagonista. Ele é o primeiro fio ao qual se trançam outros personagens produzindo um grosso e resistente chicote que castiga com crueldade os escravos, em um país onde conviviam duas Américas, uma afeita ao progresso, outra orgulhosa de seus costumes, ambas fortes. A fotografia dá os tons certos aos sentimentos que o roteiro transmite, o problema é que fica patente essa intenção, não encaramos naturalmente a filmografia, mas ainda assim, aceitamos. Os grandes momentos de silêncio faz com entendamos o tempo de maneira dúbia, longo mas não importante frente à dor aguda e enfrentamentos momentâneos infligidos por Fassbender em sua atuação potencialmente inflamável, como brasa em um clima ameno. Chiwetel Ejiofor, foi admirável e persistente naquilo que seu personagem demonstrou, mansidão, além de dramaticamente muito intenso, porém não envolvente. Produção melancólica, dramática e histórica que relembra a dor do que é ser privado da liberdade e sofrer o açoite das frustrações alheias.
Críticas
8,0
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