Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças
Meu intuito ao escrever está crítica está longe de revelar à sinopse da estória, pois creio que muitos ainda não assistiram ao filme, seria um estrago contar demais. No entanto, venho a escrever este artigo para propagar a real essência deste clássico.
Esse drama está longe de ser um filme romântico como os demais, embora consiga explicar tão bem alguns pontos de vista sobre o tal sentimento que está na cultura de todas as civilizações humanas: o amor. Muitas pessoas aplaudem a este filme, todavia alguns não conseguiram captar a extrema filosofia a que esse filme se refere. Está falando sobre a grande indagação, até que ponto o amor é algo empírico?
“Brilho eterno de uma mente sem lembranças” induz à ideia que mesmo se pudéssemos apagar as reminiscências de quem amamos não conseguiríamos abdicar, contudo, do sentimento. Os personagens submetidos à experiência de extinguir as lembranças amorosas fizeram do sentimento algo imêmore.
Com isso, a grande crítica que este roteiro destila é uma filosofia incrível sobre o acumulo de experiências. No cotidiano os personagens não dão o devido valor a suas relações, mas quando se concentram e sente perdê-las para sempre, há uma força de luta para que isto não ocorra, porém se torna tarde demais.
Os personagens principais - Joel Barish, Jim Carrey; Clementine Kruczynski, Kate Winslet – conseguem fazer que os expectadores se sintam à vontade com eles, pois estão longe de ser o “casal perfeito”, possuem múltiplas fraquezas, um é o oposto do outro. Aquele é o tímido, o certinho, o homem da vida pacata; aquela é o puro retrato da surpresa, personalidade forte, a mulher que vive sem regras. Um casal que ficou na história do cinema, belas atuações, aliás, até me surpreendi com elas – em especial com o famoso ator, pai das comédias comerciais, Jim Carrey.
Bom, voltando ao meu objetivo, embora o casal Joel e Clementine sejam os protagonistas desta estória, encontro muito que falar a respeito do papel dos coadjuvantes. Já que eles reforçam ainda mais a ideia essencial do drama. Vejamos, por exemplo, o caso de Mary - Kirsten Dunst- com o, grande criador desta experiência de esquecimento, Dr. Howard Mierzwiak - Tom Wilkinson -, estes nos remetem à verdadeira veracidade da estória.
Com isso, a questão a ser observada ultrapassa a ideia dos personagens, não é aquele ou este casal em que o filme se baseia, mas sim que os dois obtiveram algo em comum: o sentimento prevaleceu. Expressando a ideia que o amor e demais sentimentos não são apenas baseados somente em experiências.
Parabéns aos roteiristas pela originalidade a qual lidaram com o tema exposto. Algumas coisas, contudo, deixaram a desejar. Não obstante, o filme fora digno de minha crítica escrita.
Considero esse filme a OP do Kaufman, mesmo gostando muito de \"Adaptação\", \"Quero ser John Malkovich\" e, especialmente, de \"Sinédoque, Nova York\".