A trama gira em torno de um policial que recebe a tarefa de seguir um adolescente denunciado por vender haxixe para os colegas de escola. Acompanhamos a trajetória desse policial em planos muito longos que demonstram a rotina cansativa e entediante desse profissional. E é ai que está o problema, essa estratégia é utilizada exaustivamente, tornando o filme em si muito enjoativo.
A fotografia é naturalista, justamente para conferir uma atmosfera decadente, triste e pesada que se encaixa no contexto, e isso bem caracteriza a forma como o filme é conduzido.
O potencial da narrativa é grande, mas sempre que imagina-se que a história poderá chegar a algum ponto empolgante, retornamos á pele do protagonista, acompanhando sua trajetória cansativa, vista por câmeras panorâmicas nada cuidadosas da parte de Corneliu Porumboiu.
A mensagem do filme em si, é o foco da discussão da moralidade, dos conceitos éticos, profissionais, e da semântica. Todos esses itens conferidos nas cenas finais do longa.
A cena com o delegado é maravilhosa, mas a preparação até ela é, como já explicado aqui, é muito exaustiva. O que sem dúvida tira a força desse momento.
Mas em suma, é outro filme que se junta a, por exemplo, "4 meses, 3 semanas e 2 dias", na nova galeria de obras de arte realizadas no cinema romeno, ainda que "Polícia, Adjetivo" seja inferior.
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