The Lair of the White Worm, RUN. 1988. Diretor: Ken Russell. Elenco: Hug Grant (Lord James D’Ampton), Amanda Donahoe (Lady Sylvia Marsh), Catherine Oxemberg (Eve Trent), Peter Capaldi (Angus Flint), Sammi Davis (Mary Trent), Statford Johns (Peters), Paul Brooke (Ernie), Imogen Claire (Dorothy Trent), Chris Pitt (Kevin), Gina McKee (enfermeira Gladwell), Christopher Gable (Joe Trent).
Estranhas coisas acontecem quando um jovem arqueólogo, durante escavações no terreno de um convento administrado pelas irmãs Mary e Eve Trent, em uma pequena cidade rural no interior da Inglaterra, encontra um fóssil que constitui parte da enorme cabeça de uma espécie de serpente pré-histórica. O jovem começa a se interessar pelo folclore da cidade e descobre que o povoado crê que, no passado, uma gigantesca serpente havia sido morta por um cavaleiro, e que seu achado pode estar ligado a antigos cultos pagãos a um deus serpente adorado por diferentes civilizações do passado, e que pode ter libertado um antigo demônio.
Baseado no romance de Bram Stoker, “O Covil do Verme Branco”, ambientado no Século XIX, o cineasta Ken Russell, também autor do roteiro, exercita, com liberdade criativa, seus delírios narrativos e visuais costumeiros. Com seu conhecido gosto pelo bizarro e o gótico, Russel leva seu filme num crescente de insanidade que pode não agradar a todos os espectadores. Russell sempre demonstrou que nunca pretendeu agradar a ninguém com seus filmes. Sua intenção era apenas chocar, incomodar e, se possível, irritar os espectadores.
É claro que, ao saber que a história foi escrita por Bram Stoker, o criador de Drácula, imediatamente cria-se uma expectativa positiva quanto à obra. Porém não se deve comparar filme e livro, quando se trata de uma adaptação, muito menos se essa adaptação é feita pelo cineasta e roteirista Ken Russell, que sempre faz com que seus trabalhos atinjam sempre além do apenas “eu gostei” ou “não gostei”.
Morte, erotismo, metalinguagem, surrealismo e heresia seguem lada a lado, explorando o conflito entre o cristianismo e o paganismo, o que faz com que o filme seja considerado como uma daquelas preciosidades do horror gótico, podendo agradar mentes mais abertas.
Russell nos dá o que se pode esperar de um filme com o título de “O Covil da Serpente Branca”. Quanto a seu gosto pelos excessos, o bizarro, o gótico, o perverso, pode causar estranheza aos mais desavisados
A produção recebeu o prêmio de Melhores Efeitos Especiais, no Fantafestival, de 1989, a indicação como Melhor Filme, no Fantasporto, 1989, e Melhor Atriz (para Amanda Donahoe) pela Academy of Science Fiction Fantasy & Horror Films, USA – 1990.
Os efeitos visuais foram realizados de maneira artesanal, e realmente impressionam. Destaque para criativo efeito utilizado para representar a cabeça da serpente, para a qual foi utilizada a dianteira de um fusca, devidamente trabalhada.
Curiosidades: Este foi um dos primeiros filmes da carreira do ator Hugh Grant, de “Quatro Casamentos e um Funeral” (1994). A atriz Tilda Swinton foi convidada para o papel de Lady Sylvia Marsh, mas após ler o roteiro, se sentiu tão ofendida que nem retornou as ligações de Russell.
A edição nacional em DVD traz o filme no formato widescreen, com áudio Dolby Digital 2.0 (em inglês e alemão), Inclui trailers de outros filmes da distribuidora. Gênero: terror. Duração: 94 minutos.
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