Hardwere, EUA/RUN, 1990. Diretor: Richard Stanley. Elenco: Dylan McDermott, Stacey Travis, John Lynch, Carl McCoy, Iggy Pop, Mark Northover, Paul McKenzie, Lemmy, William Hootkins, Mac McDonald, Chris McHallem, Barbara Yu Ling, Oscar James, Arnold Lee, Susie Savage.
Em um futuro indefinido e decadente, após um cataclismo nuclear, um nômade, vagando por um deserto, usando óculos de proteção e máscara de oxigênio, encontra uma pequena área que parece ser um “cemitério” de robôs, repleto de sucata e partes de androides que ainda se movem, e desenterra um estranho crânio de um robô, de nome MARK – 13, que vai parar nas mãos de uma escultora que usa a cabeça do robô em uma de suas esculturas. O que ela não sabe é que a cabeça pertenceu a um robô capaz de se reconstruir e é programada para o extermínio de seres humanos.
Certamente, este foi o melhor filme de terror da década de 90, elogiado por mestres do gênero, como Clive Barker, de “Hellraiser” (1987), Sam Raimi, de “A Morte do Demônio” (1981), e de Wes Craven, de “Nightmare on Elm Street” (1984).
O diretor, também coautor do roteiro, ganhou os prêmios de Melhor Filme e Diretor no Fantasporto (festival de cinema fantástico de Portugal), e Melhores Efeitos Especiais, no Festival de Avoriaz de 1991, na França.
O filme traz também uma ótima fotografia, sombria e com imagens em infravermelho, e uma excelente trilha musical, que inclui grupos como Motorhead e PIL, assinada pelo inglês Simon Boswell, frequente nos filmes de terror italianos. Está também presente Iggy Pop, o legendário roqueiro, que não mostra a cara no filme, só a voz. Ele faz o radialista Angry Bob, que transmite rock entre as notícias de guerras e catástrofes. Inclui “pontas” de Carl McCoy (vocalista do Fields of Nephlin), fazendo o nômade que encontra a cabeça de MARK-13 no deserto, no início do filme, e Lammy (o vocalista e baixista do Motorhead), fazendo um taxista (é uma cena rápida, com o fundo sonoro “Ace of Spades” – o maior sucesso do Motorhead).
O responsável pelo design da criatura, Paul Catlin, depois, passou a trabalhar no departamento de arte de filmes como “O Homem Aranha 2” e “Alien Vs. Predador”. O nome do robô, “MARK-13”, faz alusão à citação bíblica do capítulo 13, de Marcos, do livro do Novo Testamento, que fala do Apocalipse.
O desnecessário complemento “o destruidor do futuro” adicionado ao título original desse filme, para o lançamento no Brasil teve a única intenção de relacioná-lo a “O Exterminador do Futuro” (1984), que também nada tem a ver com o título original, que era apenas “Terminator”.
Um filme, da década de 90, com o qual este se assemelha muito, é o ótimo “Virus” (1999), estrelado por Jamie Lee Curtis e Donald Sutherland, outro filme de terror e ficção científica, com um robô destruidor, alienígena, que se reconstrói, utilizando sucatas metálicas, encontradas em um navio russo, abandonado.
A edição nacional em Blu-Ray Disc, pela MGM, traz o filme na versão widescreen, com áudio DTS HD-MA 5.1 (em inglês). Inclui diversos extras, entre eles: making of, uma versão rara do filme produzida em super 8, e curtas raros do diretor. 94 minutos.
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