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Direção
Carl Theodor Dreyer
Roteiro:
Hans Wiers-Jenssens (peça teatral), Paul La Cour (hinos), Carl Theodor Dreyer (roteiro), Poul Knudsen (roteiro), Mogens Skot-Hansen (roteiro)
Gênero:
Drama, Romance
Origem:
Dinamarca
Estreia:
31/12/1969
Duração:
97 minutos

Lupas (15)

  • Algumas pessoas transformam a fé religiosa em tirania e fanatismo. Cultivam a escuridão em detrimento da luz. Temem o desejo, o calor dos corpos, acabam por se entregar a hipocrisia, ao egoísmo, ao medo. Muito pior para as mulheres, sua sexualidade é castrada, seu corpo controlado por homens fracos e rancorosos. O amor é pecado em um mundo sombrio e opressivo, o sonho vira pesadelo, a consciência se perde frente à onipotência de um divino eternamente em silêncio. Realização assombrosa de Dreyer.

    Zacha Andreas Lima | Em 16 de Março de 2024 | NOTA: 9.0
  • Carl Dreyer impõe um nível tenebroso ao filme com uma crítica logo de cara à Igreja Católica na impactante cena da fogueira. Depois, seguem arrependimentos, traições, desconfianças... Tudo isso regado pela tensão do que são ações - incluindo o poder da palavra - que podem levar pessoas a serem vítimas do ambiente hostil retratado. Só o Cinema poderia conceber essa obra.

    Lucas Santos | Em 28 de Janeiro de 2022 | NOTA: 8.5
  • Toda encenação e crueldade do prólogo é incrível e nos remete a maldade histórica da religião. No decorrer do filme toda a expectativa criada cai um pouco, sobrando para a representação humana de um ser "diabólico", o papel de uma jovem oprimida no casamento e que ousou se entregar a um clima de erotismo e paixão proibido, dar uma sequência interessante e garantindo, se não um filmaço, um trabalho muito bom de Dreyer.

    Bruno Ricardo de Souza Dias | Em 30 de Janeiro de 2020 | NOTA: 7.5
  • No ensurdecedor silêncio do interior da paróquia, onde o único ruído é o tique-e-taque do relógio, Dreyer cria a atmosfera perfeita, já típica dos seus filmes. O diabo parece estar presente em toda a parte.

    André Araujo | Em 17 de Agosto de 2019 | NOTA: 9.5
  • Mais um preto e branco lindão de Dreyer. Os seus tinham muita parte emocional - com significado - e são envolventes mesmo lentos, tinham o tamanho certo também. Final do bons, dúbio e repentino - mesmo não feiticeira, era uma bela bruxa afinal.

    Adriano Augusto dos Santos | Em 23 de Janeiro de 2019 | NOTA: 9.0
  • Acerta na pouca trilha sonora, deixando o filme mais duro. A história simples, mas profunda, transita entre o retrato do terror católico para a densa relação familiar, que acaba rendendo reflexões mais interessantes e, até mesmo, uma releitura bíblica.

    César Barzine | Em 21 de Janeiro de 2019 | NOTA: 8.5
  • Filme duro, sisudo, contemplativo.Pra mim, difícil de embarcar.

    Araquem da Rocha | Em 19 de Janeiro de 2019 | NOTA: 6.0
  • Seja no conteúdo visual (a bela fotografia, o apuro visual e a força de seus planos) ou no conteúdo narrativo (as discussões sobre a fé e as formas com que os indivíduos a manifestam), Dreyer encontra muito sucesso aqui. Grande filme.

    Gabriel Frati | Em 09 de Abril de 2018 | NOTA: 8.0
  • 14/01/11 - De maneira subjetiva, Dreyer retrata a crise da fé e a relação da igreja com o paganismo, e o desfecho pode ser tanto a afirmação como a negação dessa fé. A fotografia dos filmes de Dreyer são impressionantes.

    Eduardo Scutari | Em 01 de Maio de 2017 | NOTA: 10.0
  • Com boas atuações, o filme se predispõe a explorar um roteiro baseado em temas polêmicos para sua época, mas a superficialidade com que os aborda tira a tensão do drama, o que deixa o conjunto monótono, principalmente, no desfecho abrupto e incoerente.

    Gilberto C. Mesquita | Em 23 de Outubro de 2016 | NOTA: 5.5
  • Incrível como Dreyer esculpia o tempo com olhos de águia e sabedoria ateniense, numa elegância invejável a cada punhado de cenas. Filme grande, cuja essência do seu diretor Hollywood e outros de um mundo órfão tanto tentaram reencenar.

    Douglas Rodrigues de Oliveira | Em 14 de Julho de 2016 | NOTA: 9.0
  • Um filme simples, mas muito impactante, que humaniza e discute valores católicos em plena Idade Média. Sagaz ao permitir dupla interpretação, uma cética, crítica e humana, a nossa, e outra dogmática. O título sintetiza algo como 3 min de ódio de G.Orwell.

    Josiel Oliveira | Em 12 de Maio de 2016 | NOTA: 8.5
  • O grande mérito de Dias de Ira,além da óbvia qualidade de confecção dos planos e fotografia que beiram a perfeição, é identificar uma crítica ferrenha,vinda de um individuo altamente religioso,às atrocidades cometidas em nome da ignorância da gente de fé.

    Eliezer Lugarini | Em 25 de Junho de 2015 | NOTA: 8.0
  • Impecável! Aqui, Carl Theodor Dreyer consegue produzir uma obra além da perfeição. Super recomendado.

    Davi Souza | Em 19 de Agosto de 2014 | NOTA: 10.0
  • Uma representação (porque não ambígua?) de como dogmas religiosos destroem pessoas diferentes e de formas diferentes. A beleza dos sentimentos revelados pelos dois jovens amantes contrastam com a frieza abominável de um mundo intolerante e pobre de ideias

    Anderson de Souza | Em 08 de Maio de 2014 | NOTA: 8.5