Diretor é o cacete, a grandeza aqui está na dupla genial de Matthau e Lemmon - impressionante como eram bons, dominavam a tela por inteiro.
A partir da fuga do prisioneiro fica bão demais, pega um ritmo maravilhoso, só sequência boa (que bloco com o bandido dentro da escrivaninha), um contraste com o comecinho apagado.
Um dos raros filmes de Wilder que não funcionou comigo. Suas críticas ácidas estão presentes mas o texto não me encheu os olhos. Sua proximidade às screwballs é nítida mas achei o resultado um tanto insosso. Aos poucos fui percebendo se tratar de uma refilmagem de Jejum de Amor, que é um filme que eu abomino, então se comparado à versão anterior o filme de WIlder é muito melhor.
Wilder voltando ao humor mais ácido e acelerado depois de dois filmes mais lentos e intimistas. Não acho uma obra marcante em sua carreira, a primeira metade é meio sem graça e os momentos mais inspirados estão perto do final. Se comparar com a versão do Hawks aí se torna ainda menor, o filme de 1940 é muito superior.
Destaque para os diálogos, de uma acidez e humor negro nunca vista em filmes do diretor. Prova de que os anos 70 chegaram, e Wilder soube se adaptar. Obra do diretor menos lembrada, mas não menor.
A obra de Hecht rende outra obra-prima do Cinema, com Wilder guiando um ritmo alucinante com piadas saindo da boca das personagens em velocidade impressionante e gags visuais pipocando em tela - tudo isso regado à ácida ironia que é a cara do cineasta.