"Saudações, meu amigo. Todos nós estamos interessados no futuro, pois é lá que você e eu vamos passar o resto de nossas vidas. E lembre-se meu amigo, eventos futuros como estes irão afetá-lo no futuro."
Quando se fala em filmes ruins, poucos são tão unânimes ao longo da história do cinema como Plano 9 do Espaço Sideral, dirigido pelo cineasta também sinônimo de podreira, Ed Wood. Mas sejamos sinceros: apesar de toda a tosqueira presente no filme - e é MUITO TOSCO! -, a produção nem é tão ruim, talvez porque hoje em dia, sendo assistida como comédia involuntária, fique bem melhor do que na época do lançamento - e lá se vão cinco décadas - com o pessoal levando tudo a sério, como o próprio Wood claramente leva. E como ele levava a sério um filme que se inicia com o monólogo que abre esse texto, com os efeitos que deixariam qualquer estudante de cinema envergonhado e com atores que não conseguem nem segurar um revólver de maneira realista é só mais uma razão para o cineasta entrar para o folclore da sétima arte com lugar de destaque.
Wood tentou, não podemos negar. A trama sobre alienígenas que colocam em prática o tal do plano 9 do título - reviver mortos para que eles sirvam de exército para dominar o planeta - para evitar que a raça humana descubra uma bomba que utilizará o Sol para explodir todo o universo - e diverte ver como Wood não faz ideia das dimensões do universo, já que pensa que uma explosão solar resultaria na extinção de, bem, do infinito, basicamente - e precisam ser impedidos por uns personagens que claramente parecem escolhidos ao acaso, traz até alegorias que refletem a nossa sociedade e, por incrível que pareça funciona nesse aspecto, já que ver os humanos questionando os métodos extraterrestres de extinguir um planeta para salvar outros apenas para receberem como resposta que isso é exatamente o que nossos países - Estados Unidos, cof, cof - fazem ao entrar em seguidas guerras, é algo que não podemos negar que, infelizmente, permanece atual e seria aplaudido em qualquer ficção de baixo orçamento sensação da temporada.
Isso redime o filme? De maneira alguma, continua sendo aquele prazer culpado onde as imagens gravadas por Wood de Bela Lugosi pouco antes dele falecer durante as filmagens dividem espaço com as de outro ator que, fisicamente nada a ver com o famoso Conde Drácula, passa o filme inteiro com uma capa no rosto e ainda assim fica claro a falsidade daquilo. Mas o filme diverte, nos prendemos àquela trama boba e mal ligamos para os cenários mal feitos - a cabine de um avião ou a nave dos ET's, tanto em seu interior quanto exterior, são vergonhosas, sério mesmo - e efeitos porcos, queremos saber o desfecho da história, o destino dos personagens e etc. Não por nos importarmos com eles ou algo do tipo, mas porque Ed Wood nos diverte ao longo do filme, mesmo que sua intenção não fosse necessariamente essa de início.
E, porra, em que momento da história foi decidido que um filme para ser bom precisava ir além de só divertir e que se divertisse essa precisava ser a intenção da obra?
Às vezes cinema pode ser só diversão pura e simples. Mesmo que seja uma diversão culpada.
Lub de crítico? Vcs nao lêem meus comentários mesmo, pelo amor
Eu tinha q ser contratado como aprendiz de redator, devido a minha pouca idade
Hahahahahahaha hahaha boa juvenil
é que é full estrelinha
mais fácil contratar...
roberto justus