“Jen Kornfeldt se encontra em férias na Côte d’Azur junto com seus pais. Ela procura se recuperar de uma ruptura amorosa. Lá ela conhece o homem de seus sonhos... Três anos após esse encontro, Spencer e jen estão casados e levam uma vida calma. No entanto uma reviravolta ocorre. Um misterioso assassino procura matar Spencer. Jen descobre então que seu marido era um agente secreto. Os ataques contra o casal se multiplicam, e eles descobrem que a cabeça de Spencer foi colocada a prêmio. Transformada em mulher de um espião ela deverá descobrir os demais segredos desse homem, esquivar-se das balas, além de manter as aparências de um casal perfeito...”
A introdução nos mergulha em um cenário maravilhoso. Casas belíssimas, hotéis maravilhosos, que circundam um mar convidativo. As curvas das estradas que conduzem ao local também são um espetáculo. Quem em sã consciência não gostaria de mergulhar, ainda que fosse apenas uma vez, nesse mundo de pura ilusão. Só que finda essas seqüências onde o cenário brilha o expectador mergulhará em um pesadelo. Uma verdadeira descida aos infernos. A começar pelo roteiro que nada traz de novo, e o pior, o diretor retoma velhas cenas com uma incompetência difícil de ver. O casal central não possui a química necessária e desde o primeiro encontro passamos a nos sentir mal. Nem somente pelas baixezas do filme, mas também pelas soluções incoerentes. Não existiu nenhuma cena que justificasse a repentina união, nem a elipse que os mostra casados depois de três anos.
Passado esses três anos o filme procura se encaminhar como uma comédia conjugal que somente frustra e jamais surpreende ou entretêm. Daí tenta se equilibrar como um filme de ação e humor negro. O humor, diga-se de passagem, inexiste. As cenas de ações são risíveis, lamentáveis. Robert Luketic não conta aqui nem com uma grande interpretação (igual aquela de Reese Witherspoon, que tirou “Legalmente Loira” do insuportável). Conseguiu um feito incrível, essa sua obra consegue ser pior que “A Sogra”, realmente (e infelizmente) um feito considerável. O diretor parece não saber como colocar o par central em cena.
Quando um grupo de pessoas passa de repente a querer assassinar o par central, ficamos torcendo para que acabem logo de assassiná-los, já que em nenhum instante os vimos como um par romântico (o relacionamento não convence um só instante). Como sabemos que o diretor que não sabe como filmar uma cena sequer de ação, torce por ambos, esperamos então que uma bala saia da tela e acabe com a agonia de quem assiste (aquele tipo de filme que nos nocauteia realmente; ficamos até sem força de deixar a poltrona). Concordo que o elenco não ajuda. Catherine Eigl é linda, mas ficou insuportavelmente histérica em cena (performance bem inferior aquela de “A verdade nua e crua” – que já não era de levantar suspiros). Ashton Kutcher não se encontra em momento algum (serão os seqüelas de um possível “efeito borboleta”). Tom Selleck de tão canastrão faz com que sintamos saudades de quando se prestava a interpretar um detetive no Havaí.
O mais revoltante, no entanto é o título nacional. Seria melhor a tradução literal: Matadores. No especifico filme, Matadores de Filmes. Passem longe. Indicado a masoquistas. Sério Candidato a pior do ano.
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