Era uma vez na América é muito mais que um filme de Máfia é sobre a Amizade, Ambição e Memória associativa, além de tudo um Épico.
Quando ouvimos o nome de Sergio Leone, a grande maioria lembra dos Westerns Italiano, Era uma vez na América, Três Homens em Conflito. A maioria dos cinéfilos não citam seu nome em discussões sobre os melhores filmes de Máfia, se restringindo apenas a trilogia de Copolla O poderoso Chefão. Em 1984 Leone prova não ser um diretor de um único gênero, fazendo um épico de Máfia que bate de frente com a trilogia de Copolla. Assim como qualquer pessoa por ter seu ótimo trabalho não reconhecido, Sergio Leone da uma pausa na carreira depois de Quando explode a vingança em 1971, devido aos recorrentes fracassos de críticas e bilheterias. Voltando a dirigir somente em 1984. Era uma Vez na América tinha tudo para ser sucesso no mundo inteiro mas os produtores, fizeram vários cortes por achar longo demais a duração, que ocasionou novamente em fracasso nos Estados Unidos.
O filme narra a trajetória de um grupo de Judeus em suas infâncias cometendo pequenos crimes na década de 20. Histórias contadas da infância a velhice de forma não-lineares com a narrativa de Noodles( Robert De Niro). Esse fato de o brilhantismo do roteiro ser não-linear, faz com que as quatro horas pareçam duas de tão rápida que passa. A fase infantil dos personagens é de encher os olhos de lágrimas, já que o telespectador vê, as primeiras paixões, a perda da inocência, o começo do desejo por sexo, mostrados de forma encantadora. O começo da obra é meio que confuso para quem está vendo pela primeira vez, ou se nenhum amigo tinha comentado com você. Já que começa pela fase adulta, seguidamente a fase da velhice até voltar para fase infantil, todas com passagens memoráveis.
A relação de amizade dos amigos de infância, cresce ainda mais com a passagem do tempo da fase infantil para adulta. Sempre focando mais na dupla Noodles e Max (James Woods ), o primeiro mais quieto enquanto o segundo queria ter o mundo em suas mãos. Robert De Niro e James Woods estão soberbos em suas atuações. Diferentemente de outros filmes do gênero aqui os gangsters duelam entre si, diferentemente de O poderoso Chefão onde vemos perseguições da polícia atrás dos Mafiosos, o que torna ainda mais único e incomparável.
Como é de se esperar, Ennio Morricone em mais uma parceria com Leone, estando presentes em toda filmografia do diretor. Existem Trilhas Sonoras, e Trilhas Sonoras de Morricone, em Era uma Vez na América é um espetáculo à parte, o que comprova ainda mais a sua qualidade como músico. Ele tem tantas trilhas perfeitas que não dá para decidir qual a melhor. Engana-se quem pensa que é o único ponto forte do filme, onde temos uma das melhores Fotografias da história do cinema, além da Direção de Arte, Montagem, Figurinos, penteados, maquiagem tudo perfeito.Esse perfeccionismo de Leone que coloca a frente de seus concorrentes do gênero.
Em um final em que as fases, infantil, adulta e velhice se encaixam perfeitamente. Se existe um filme de Máfia perfeito ele se chama Era uma vez na América (Once Upon a Time in América).
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